Candidato nº 3- Carlota
No dia da liberdade a biografia de uma ditadora... Carlota Acetil Coenzima Saldanha veio ao mundo no Outono de 1755. E a expressão “veio ao mundo” dificilmente poderia ser mais literal. No dia em que a terra tremeu e devastou Lisboa, aquele pequeno bebé loiro, como que arrancado das profundezas da terra que rugia, surgiu no local onde hoje se ergue o Hospital de Santa Maria.
A vida em Portugal nunca mais seria a mesma. Da época de ouro dos Descobrimentos, especiarias e ouro passámos para as fugas amedrontadas para o Brasil, as tareias com os franceses (ganhámos a Junot, Soult e Massena mas perdemos com Platini, Blanc e Zidane), as guerrinhas entre irmãos, as revoluções e contrarevoluções, ditaduras e ditadores, apitos dourados e sacos azuis... Alcáceres-Quibir sem fim. Coincidência com a vinda de Carlota ao mundo? É possível... mas muitos asseguram que não.
Muito segura do seu nariz e perseverante, Carlota desde cedo mostrou paixão pela Medicina ( dizem que era uma espécie de fetiche com batas brancas). Contudo, não tinha pais ricos ou médicos o que, à época (e agora...) se afigurava como bastante relevante.
Assim, lavou escadas, trabalhou na Telepizza e na Sala de alunos até chegar ao mundo da noite onde juntamente com Carolina Salgado... [CENSURADO] ....
Mas a vida escreve-se direita por linhas tortas e foi a Bioquímica que permitiu a Carlota chegar aonde sempre sonhara: a faculdade de Medicina (isso e usar batas brancas, o que também conseguiu).
Consolidando a sua carreira da forma habitual (na horizontal...), assumiu as rédeas do Instituto de Bioquímica e foi governando a faculdade com pulso de ferro, guerrilhando com comissões de curso e atemorizando os pobres caloiros que, ano após ano, caem nas suas garras.
Carlota é uma ditadora (e, a julgar pelas últimas modas, isso seria o suficiente para o voto nela). Uma fêmea de raça bovina também. Mas é também uma pessoa de bom coração. A prová-lo estão as demonstrações de solidariedade para com pessoas com deficiências psíquicas ou problemas de dependência graves. Estou obviamente a referir-me a Henrique Sobral do Rosário e ao Professor Martin Martins, respectivamente.
É igualmente uma pessoa com carisma e personalidade. Que marca os alunos. Que será certamente recordada por todos mesmo dentro de muitos anos.
E esperemos que, 250 anos depois, Carlota Saldanha continue a atormentar muitas gerações de caloiros da FML.
Porque, verdadeiramente, a recepção aos futuros médicos não seria a mesma sem ela.
A grande FméLica.
A vida em Portugal nunca mais seria a mesma. Da época de ouro dos Descobrimentos, especiarias e ouro passámos para as fugas amedrontadas para o Brasil, as tareias com os franceses (ganhámos a Junot, Soult e Massena mas perdemos com Platini, Blanc e Zidane), as guerrinhas entre irmãos, as revoluções e contrarevoluções, ditaduras e ditadores, apitos dourados e sacos azuis... Alcáceres-Quibir sem fim. Coincidência com a vinda de Carlota ao mundo? É possível... mas muitos asseguram que não.
Muito segura do seu nariz e perseverante, Carlota desde cedo mostrou paixão pela Medicina ( dizem que era uma espécie de fetiche com batas brancas). Contudo, não tinha pais ricos ou médicos o que, à época (e agora...) se afigurava como bastante relevante.
Assim, lavou escadas, trabalhou na Telepizza e na Sala de alunos até chegar ao mundo da noite onde juntamente com Carolina Salgado... [CENSURADO] ....
Mas a vida escreve-se direita por linhas tortas e foi a Bioquímica que permitiu a Carlota chegar aonde sempre sonhara: a faculdade de Medicina (isso e usar batas brancas, o que também conseguiu).
Consolidando a sua carreira da forma habitual (na horizontal...), assumiu as rédeas do Instituto de Bioquímica e foi governando a faculdade com pulso de ferro, guerrilhando com comissões de curso e atemorizando os pobres caloiros que, ano após ano, caem nas suas garras.
Carlota é uma ditadora (e, a julgar pelas últimas modas, isso seria o suficiente para o voto nela). Uma fêmea de raça bovina também. Mas é também uma pessoa de bom coração. A prová-lo estão as demonstrações de solidariedade para com pessoas com deficiências psíquicas ou problemas de dependência graves. Estou obviamente a referir-me a Henrique Sobral do Rosário e ao Professor Martin Martins, respectivamente.
É igualmente uma pessoa com carisma e personalidade. Que marca os alunos. Que será certamente recordada por todos mesmo dentro de muitos anos.
E esperemos que, 250 anos depois, Carlota Saldanha continue a atormentar muitas gerações de caloiros da FML.
Porque, verdadeiramente, a recepção aos futuros médicos não seria a mesma sem ela.
A grande FméLica.