Ucranianos, casamentos e a Joaquina!

Hoje ao chegar ao sempre prestigiado edifício Egas Moniz notei que algo estava diferente do normal. Primeiro que tudo havia uma data de calmeirões loiros, com uns porta-chaves ridículos ao pescoço e que falavam uma língua gutural. E cá pensei para mim... "Às tantas é a selecção da Ucrânia que fez uma pausa nas (eternas) obras no Egas e está a estagiar para o Mundial" (peço desculpa mas com músicas, publicidades, programas especiais, bandeiras mais belas, etc... em pouco mais consigo pensar que qual a táctica do jogo contra Angola e se o Ricardo finalmente vai falar com voz de homem...)
Mas entro no edifício e as dúvidas dissipam-se. Havia montes de comida!!! Salmão, saladas, bolinhos, bifes, mordomos... Era sem dúvida um casamento! Isto os nórdicos com a sua filosofia à IKEA são do mais prático que existe... A bela da igreja da paróquia estava fechada porque o padre se trancou lá dentro a benzer-se por causa do "Código da Vinci" e os restaurantes da capital estavam todos reservados para 1001 jantares de fim-de-curso e os tipos vão e "ah e tal vamos fazer o casamento no Egas!".
Claro que o Egas, juntamente a praça de touros do novo Campo Pequeno e a cantina macrobiótica dos SASUL são os sítios que rapidamente ocorrem a qualquer um para realizar um copo d'água...
Mas depois notei algo de estranho. A Joaquina estava lá. Ora e aqui o caso agrava-se, porque raio a Joaquina estaria nas bodas de uns senhores nórdicos (se ainda fosse a regente de BMC...).
E o mais estranho é que ela parecia estar a falar de "agretegias" com senhores que a ouviam e escutavam atentamente com respeito e consideração (daí talvez a expressão de espanto na cara dela...).
Foi então que alguém me esclareceu... É um congresso! E ali fiquei por mais uns bons 20 minutos a olhar com cara pedinchona a ver se conseguia fanar um pastelito de nata que fosse....
E fiquei também a saber que vale a pena ser médico... pelo menos come-se bem!